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Créditos: Por G.Lab / Valor Econômico 06/05/2022

(Postada em 11/05/2022)

Mercado de luxo e alto luxo cresce 14% em dois meses

Sem sofrer influência de fatores econômicos, clientes de alto poder aquisitivo buscam por mais conforto e, principalmente, sofisticação

O mercado imobiliário de luxo e alto luxo registrou nos dois primeiros meses deste ano aumento de 14% no volume de lançamentos em comparação a janeiro e fevereiro de 2021, com um total de 787 unidades. Os dados constam de pesquisa recente da consultoria Brain — Inteligência Estratégica e atestam a efervescência do segmento, com uma profusão de emprendimentos cada vez mais sofisticados, o que justifica o crescimento de 3,9% no volume de vendas no período.

Levando-se em consideração que no primeiro bimestre de 2021 o cenário econômico no país era absolutamente favorável ao investimento no mercado imobiliário (momento em que as taxas de juros alcançaram a mínima histórica de 2%, o desempenho do mercado no segmento de luxo e alto luxo torna-se ainda mais significativo.

Na avaliação do sócio-diretor da Brain, Fabio Tadeu Araújo, o movimento de ressignificação da moradia desencadeado pela pandemia ainda é a principal justificativa para o crescimento desse mercado, uma vez que a decisão de compra do cliente de alto poder aquisitivo não é influenciada por fatores econômicos — prevalece a procura por mais conforto e, principalmente, sofisticação.

“Há uma busca sem precedentes na História moderna por bem-estar. Para o consumidor de luxo, diferenciais de conforto como um apartamento com pé-direito alto e varandas integradas são importantes”, afirma Tadeu, ressaltando que a recente valorização dos imóveis acima dos índices de inflação também vem contribuindo para o desempenho do mercado.

Michel Wurman, diretor da Área Imobiliária do BTG Pactual, segue na mesma linha de análise e aponta a valorização desse segmento como uma das razões para a performance do mercado imobiliário no primeiro bimestre do ano. Mas pondera que a oferta de ativos de maior qualidade vem estimulando o aumento da demanda. “O mercado brasileiro hoje tem poucos produtos interessantes e diferenciados, o que gera uma demanda forte por causa da escassez”, diz ele.

Na sua avaliação, nos últimos dois anos houve uma grande evolução no conceito dos empreendimentos, com a incorporação no mercado nacional de tendências internacionais. “Os residenciais ganharam mais sofisticação e requinte, na medida em que as empresas começaram a testar produtos com designers internacionais, trazendo para o mercado tendências mundiais.”

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, corrobora a opinião, enfatizando que “o mercado imobiliário inovou e criou produtos que atendem a demandas de um público mais sofisticado”. E constata: “O comprador desse tipo de imóvel está em busca de conforto, localização privilegiada, segurança e todos os atributos de um residencial de padrão diferenciado”.

França argumenta ainda que outro ponto a ser considerado é que o imóvel, por proteger o capital da inflação, é muito buscado por pessoas de alta renda. Na sua avaliação, o mercado imobiliário do segmento de alto padrão deve manter-se em expansão a despeito dos prognósticos pouco favoráveis para a economia brasileira nos próximos meses.“

A compra de imóveis é uma ótima opção para proteger o patrimônio em função das variáveis econômicas que o país vive hoje. É uma boa opção de investimento. Além disso, nas metrópoles há poucos espaços disponíveis em áreas nobres, o que torna muito atrativos os produtos de luxo que são lançados.”

 

 

 

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